Cristãos Comemoram O Natal? Aprenda Sobre Origem do Natal!

Quando chega o mês de dezembro, muitas pessoas ficam confusas com relação ao nascimento de Jesus, mas afinal, Cristãos Comemoram o Natal?

Tudo dependerá da perspectiva de cada cristão, pois há quem comemore, quem condene e os que são indiferentes à essa data.

Embora exista uma vasta discussão sobre o assunto, é preciso saber das reais origens dessa data, para chegar em alguma conclusão.

Portanto, neste artigo você aprenderá sobre a origem do Natal e estará preparado para tomar a sua própria decisão em comemorar ou não.

O Que A Bíblia Sagrada Diz Sobre O Natal?

Na Bíblia não existe uma ordenação ou mandamento, para a comemoração natalina, como também não há nenhuma proibição.

Pois apenas há narrativas do que aconteceu durante o nascimento de Jesus, que estão nos Evangelhos de Mateus e Lucas, e nenhum desses registros fornecem uma data exata específica.

Ou seja, a única “comemoração” do nascimento de Jesus, foi apenas no dia em que nasceu, mas depois nunca mais se viu essa prática em memória desse fato na Bíblia.

Segue abaixo o registro bíblico, do que acorreu no dia do nascimento do Senhor Jesus.

Na Bíblia ACF, em Mateus 2:1,2:

“¹ E, tendo nascido Jesus em Belém de Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do oriente a Jerusalém,

² Dizendo: Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? porque vimos a sua estrela no oriente, e viemos a adorá-lo.”

Na Bíblia ACF, em Lucas 2:7-11:

“⁷ E deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem.

⁸ Ora, havia naquela mesma comarca pastores que estavam no campo, e guardavam, durante as vigílias da noite, o seu rebanho.

⁹ E eis que o anjo do Senhor veio sobre eles, e a glória do Senhor os cercou de resplendor, e tiveram grande temor.

¹⁰ E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo:

¹¹ Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor.”

Ou seja, não há mais registros bíblicos além dos citados acima, comprovando assim, que o Natal é apenas uma prática comemorativa “pós bíblica”.

Mas porque então, comemoram-se o Natal, no dia 25 de dezembro?

A escolha dessa data foi influenciada por festivais pagãos, que ocorriam por volta do solstício de inverno, quando os dias começam a ficar mais longos.

Mas não se preocupe, pois falaremos mais adiante neste artigo, sobre a origem do Natal nas culturas pagãs.

A Igreja Primitiva Não Comemorava O Natal?

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É de suma importância termos a igreja primitiva bíblica, como referência para à prática de nossa fé cristã nos dias de hoje.

Embora tiveram alguns fatos registrados de eventos especiais, não há nenhum registro bíblico da igreja primitiva celebrando o Natal.

Vamos listar abaixo alguns eventos, que marcaram o início da fé cristã:

Dia do Senhor (Domingo):

Não é uma festa no sentido tradicional, mas o Dia do Senhor, ou domingo, tornou-se significativo para os cristãos primitivos como o dia de adoração e comunhão.

Pois é mencionado em Atos 20:7, onde se refere à reunião dos cristãos em Troas no primeiro dia da semana para partir o pão.

Celebração da Páscoa:

A celebração da Páscoa está registrada no Novo Testamento, e Jesus participou dela antes da sua crucificação.

Porém, após a ressurreição de Jesus, a Páscoa assumiu um significado cristão mais amplo, simbolizando a libertação do pecado e a vitória sobre a morte.

Por exemplo, em 1 Coríntios 5, o apóstolo Paulo aborda a necessidade de celebrar a Ceia do Senhor e menciona a Páscoa.

Festa de Pentecostes:

Pentecostes é uma festa judaica que ocorre cinquenta dias após a Páscoa.

Mas no livro dos Atos dos Apóstolos, o capítulo 2 descreve o evento de Pentecostes, quando o Espírito Santo desceu sobre os apóstolos.

Com isso, foi derramado o dom de falar em línguas e começaram a pregar o evangelho de Jesus Cristo.

Portanto, Pentecostes é considerado o aniversário da igreja cristã.

O Que Está Por Trás Do Natal?

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Havia uma comemoração muito forte no mundo antigo, que começava lá na cultura nórdica e se estendia à todo império romano.

Pois no solstício de inverno, que ocorre no final do mês de dezembro no hemisfério norte, era uma época significativa em várias culturas pagãs.

Com isso, diversos festivais e celebrações estavam associados a esse período, marcando a noite mais longa do ano e o retorno gradual da luz do sol.

Portando, vamos agora explicar, com mais detalhes, sobre essas culturas de origens pagãs do Natal.

O Natal Da Antiga Cultura Nórdica

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Na cultura nórdica, existia o Yule, que era um festival germânico associado à celebração do solstício de inverno.

Incluía festividades que envolviam a queima de um tronco de Yule (um pedaço grande de madeira) e banquetes.

Durante as celebrações, as pessoas prestavam homenagem ao renascimento do sol, celebrando a luz que retornava ao mundo.

Os antigos povos germânicos e escandinavos, incluindo os Vikings, associavam Yule a um período de doze dias, começando no solstício de inverno e estendendo-se até o início de janeiro.

Com isso, esses doze dias de celebração eram conhecidos como as “Doze Noites de Yule”.

Portanto, durante esse tempo, as comunidades participavam de rituais, festividades e tradições específicas, associadas à renovação da luz e à esperança para o novo ano.

Os pagãos nórdicos faziam oferendas de alimentos, bebidas, e outros itens considerados valiosos como uma forma de agradecimento e busca por bênçãos divinas.

Também havia uma tradição de presentear durante Yule, com várias trocas de presentes entre as pessoas, como parte das festividades.

Além disso, os nórdicos costumavam trazer árvores de pinheiro para dentro de suas casas como um símbolo de vida perene, mesmo durante os meses frios e escuro.

Pois o pinheiro era visto como um símbolo de resistência contra as adversidades do inverno, representando a promessa de renascimento e vitalidade na natureza.

Portanto, eles acreditavam que trazer o verde para dentro de casa ajudaria a garantir o retorno da primavera e a prosperidade para o próximo ano.

Essa prática influenciou diretamente as tradições modernas relacionadas à Árvore de Natal.

O Natal Do Império Romano

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Tudo iniciou em algum momento do século III a.C., com uma antiga festa romana chamada de Saturnália, em honra a Saturno, o “deus da agricultura”.

Que era celebrada por volta de 17 a 23 de dezembro, caracterizada por banquetes, trocas de presentes, onde escravos e mestres trocavam de papéis.

Fato curioso, é que as casas eram decoradas com grinaldas, velas e enfeites, pois a iluminação era uma parte importante da festividade, simbolizando a renovação da luz durante o solstício de inverno.

Mais adiante, já no século III d.C., o imperador romano Aureliano proclamou o “Dies Natalis Solis Invicti”, que traduzido é “O Dia de Nascimento do Sol Invencível”.

Que celebrava o solstício de inverno e o renascimento do sol, onde os romanos cultuavam o “Sol Invictus”, que era o “nascimento do deus Sol”, em 25 de dezembro.

Já no século IV, o imperador Constantino, que se “converteu” ao cristianismo, teve um papel significativo na cristianização do império romano.

Com isso, a celebração do Natal já existia, mas a data exata da festividade não era uniforme e variava em diferentes regiões.

Mas foi durante o reinado de Teodósio I, o Grande, que governou o Império Romano de 379 a 395 d.C., que determinada uma data única e oficial.

Devido ao solstício de inverno ser uma época de celebrações pagãs muito intensas, Teodósio I, aliado à igreja da época, escolheram a data de 25 de dezembro, para celebrar o “Natal Cristão”.

Pois a Igreja buscava converter ansiosamente as populações pagãs e uma estratégia utilizada, foi absorver e cristianizar festivais pagãos.

Ou seja, as celebrações pagãs do nascimento do “deus Sol”, unificou com a celebração do nascimento de Jesus.

Portanto, a cristalização do Natal, sofreu grande influência e misturas, de tradições religiosas, culturais e pagãs.

O Que É O Natal Para VOCÊ, Cristão?

Diante de todos os fatos apresentados, cabe a você, cristão, decidir se vai ou não comemorar o Natal.

Penso, que se o cristão for usar da data, apenas para reunir sua família e relembrar a importância do Senhor Jesus, não há problemas.

Mas se o cristão se deixa envolver pelo “espírito natalino”, se endividando com a compra de presentes de forma desregrada, decorando a sua casa toda com símbolos nada Bíblicos, idolatrando o Papai Noel, etc…

Seria isso, espiritualmente saudável?

Qual benefício de fé, por exemplo, que os pais transmitiria para seus pequenos filhos?

Na Bíblia temos um fato muito interessante, onde Epafras, colaborador da igreja em Colossos, ao visitar o apóstolo Paulo na prisão, relata um desafio que enfrentava.

Pois havia naquela cidade, fortes influências romanas, tanto culturais, como religiosas, que estavam distorcendo os ensinamentos de Jesus.

Diante desse relato, o apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, escreve à igreja em Colossos, orientando os cristãos da seguinte maneira:

“Cuidado, não seja alguém que o seduza com filosofias e teorias vazias, fundamentadas nas tradições humanas e nos princípios elementares deste mundo, em vez de em Cristo.” (Colossenses 2.8)

Ou seja, o apóstolo Paulo escreveu essa carta para orientar os Colossenses à resistirem as “pressões” filosóficas e culturais daquela época.

Para manterem a sua fé pura e autêntica somente em Cristo, não “misturando” coisas pagãs, com as coisas santas.

Pense Nisso.

Mas e você, comemora o Natal?

Ficaremos muito felizes em saber a sua opinião sobre esse assunto tão polêmico!

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Lisiane Battilana
Lisiane Battilana
7 meses atrás

Muito interessante gostei do estudo

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