A Parábola do Semeador

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A Parábola do Semeador foi a primeira de uma série de 7 parábolas contadas por Jesus próximo ao Mar da Galileia, que revela 4 tipos de cristãos.

Leia esse artigo fantástico e descubra, com riquezas de detalhes importantes, qual tipo de cristão você tem sido.

Jesus e a Parábola do Semeador

O foco de Jesus na Parábola do Semeador foi expor as diferenças que há no coração das pessoas, representadas pelos diversos solos comentados.

Ele tinha acabado de ser expulso das sinagogas, mas não parou de anunciar a mensagem do evangelho.

Passava de cidade em cidade, de aldeia em aldeia, quando para às margens do Mar da Galileia e inicia uma série gloriosa de parábolas reveladoras.

Jesus começa descrevendo uma cena bastante comum na Palestina, que era uma sociedade agrícola, onde dependiam muito da plantação e da colheita para sua sobrevivência.

Naquela época, o semeador caminhava semeando com uma mochila pendurada na cintura, chamada de bornal ou alforge.

Essa “mochila” estava cheia das sementes, e onde o semeador ia andando, enchia a mão e jogava no local desejado.

Onde os Galileus Semeavam na época de Jesus?

Devido aos impostos caríssimos cobrados pelo Império Romano, havia muita miséria naquela época entre os galileus, com isso muitos perdiam seus campos, para quitar a sua dívida.

Portanto era muito comum, para tentarem sobreviver, plantarem à beira das estradas romanas, pois nessa parábola do semeador, a palavra que está sendo utilizada no original grego é “hodos” (οδος), que significa estrada, rua.

Os romanos foram os que mais construíram estradas na história do mundo antigo, a ponto de terem mais de 400.000 km de estradas conhecidas.

É algo tão surpreendente, que se dividiam em 372 grandes estradas, que ligavam as 113 províncias do império romano, o que seria mais do que a distância daqui do planeta Terra até à Lua.

Estradas-Império-Romano-Parábola-Do-Semeador

Ou seja, entre as estradas romanas e a terra de alguém, havia um pequeno trecho à beira do caminho, que poderíamos chamar de “terra de ninguém”.

E era ali mesmo que alguns galileus, por não possuírem seus próprios campos, saíam para semear.

No processo da construção das estradas romanas, de tempos em tempos, eles transportavam depósitos de pedras, que ficavam à beira da estrada aguardando o acabamento final.

Também jogavam sal na área que futuramente seria construída, para esterilizar, impedindo o crescimento de mato e espinhos, que cresciam apenas à beira da estrada.

Com isso, na “terra de ninguém”, às bordas da estradas romanas, haviam 4 elementos:

  1. Beira do Caminho;
  2. Pedras;
  3. Espinhos;
  4. Boa Terra.

Os 4 Tipos de Cristãos

Com esse entendimento do contexto histórico, conseguimos então compreender melhor o que de fato acontecia, ou seja, a parábola do semeador não era uma história inventada por Jesus, mas retratava a realidade de muitos ali presentes.

Diante dessa exposição, Jesus inicia a parábola do semeador destacando cada elemento e seu significado espiritual.

1º Tipo de Cristão: Beira do Caminho

Um semeador saiu a semear a sua semente e, quando semeava, caiu alguma junto do caminho, e foi pisada, e as aves do céu a comeram

Lucas 8:5

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E os que estão junto do caminho, estes são os que ouvem; depois vem o diabo, e tira-lhes do coração a palavra, para que não se salvem, crendo

Lucas 8:12

Os “cristãos beira do caminho”, são aqueles que a palavra não consegue ser semeada por causa da falta de foco em seus pensamentos.

Muitos cristãos hoje estão com seus pensamentos tão ocupados, com tantas coisas, que a semente da palavra de Deus não traz nenhum efeito.

É aquela pessoa que mal acabou de ouvir uma pregação, e antes mesmo de chegar em casa já se esqueceu de tudo o que foi falado pelo pregador de sua igreja.

A palavra pregada está sendo facilmente pedida, pois os pensamentos são roubados pelo diabo através de muitas distrações.

Hoje no mundo moderno, com o avanço da tecnologia, as distrações estão cada vez mais fortes e presentes entre os cristãos, que ao invés de abrir a bíblia, preferem abrirem a tela do celular.

2º Tipo de Cristão: Coração de Pedra

E outra caiu sobre pedra e, nascida, secou-se, pois que não tinha umidade

Lucas 8:6

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E os que estão sobre pedra, estes são os que, ouvindo a palavra, a recebem com alegria, mas, como não têm raiz, apenas crêem por algum tempo, e no tempo da tentação se desviam

Lucas 8:13

Os “cristãos coração de pedra”, são os emotivos ou sentimentais, que gostam de “cultos” com apelos emocionais, que até possuem algumas reações repentinas de fé, mas no fundo não têm raiz, pois não passa de uma emoção barata.

Infelizmente tem sido muito comum ver igrejas hoje querendo atrair pessoas com base mais na emoção, do que com base na palavra de Deus!

São apelos de shows, teatros, muita música, que atraem até multidões, porém sem raiz alguma!

O emotivo é aquele tipo de pessoa muito variada em suas decisões e comportamentos, tais como:

  • Um dia está sorridente, no outro já está com um semblante caído;
  • Um dia está animada, no outro parece até que está com depressão;
  • Um dia diz que crê, no outro está cheia de dúvidas;
  • Por um momento está na igreja firme, daqui a pouco desaparece, porque simplesmente desanimou.

São pessoas que se aproximam e se afastam de Deus e o pior é quando isso começa a se prolongar por anos.

Por não ter raiz, morre espiritualmente ao longo do tempo, como infelizmente tem acontecido na França, pois no século 16 se tinha 40% de cristãos, já nos dias hoje não passa de 2%.

3º Tipo de Cristão: Espinhos

E outra caiu entre espinhos e crescendo com ela os espinhos, a sufocaram

Lucas 8:7

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E a que caiu entre espinhos, esses são os que ouviram e, indo por diante, são sufocados com os cuidados e riquezas e deleites da vida, e não dão fruto com perfeição

Lucas 8:14

Os “cristãos espinhos”, são os muito ocupados na vida, vivem afirmando a seguinte frase: “Estou na correria!”

Não têm tempo para nada, pois vivem para o trabalho, família, saúde, amigos, menos para Deus.

Está sempre ocupado se sufocando em seus mais variados “espinhos da vida”.

Com isso, existem hoje em dia os “desigrejados”. Sabe quem são?

São pessoas que não vão à igreja, mas se dizem “cristãos”.

E afirmam cegamente, que não precisam ir à igreja para buscar à Deus, continuando em suas casas e cuidando apenas de sua própria vida nessa terra.

Só no Brasil há aproximadamente 4 milhões de “desigrejados”, que defendem essa ideia diabólica e infelizmente esse número está só crescendo.

4º Tipo de Cristão: Boa Terra

E outra caiu em boa terra, e, nascida, produziu fruto, a cento por um. Dizendo ele estas coisas, clamava: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça

Lucas 8:8

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E a que caiu em boa terra, esses são os que, ouvindo a palavra, a conservam num coração honesto e bom, e dão fruto com perseverança

Lucas 8:15

Por fim, os “cristãos boa terra”, são os que recebem a semente da palavra, criam raízes (se aprofundando no aprendizado da palavra de Deus) e começam a dar bons frutos.

E de forma bem notável aparecem, pois são os frutos do Espírito Santo: Amor, Paz, Alegria, Mansidão, Domínio Próprio, Benignidade, Longanimidade, Bondade e Fé (Gálatas 5.22)

Esses frutos são verdadeiros e tão fortes, que além de dar testemunho de sua própria salvação, tais frutos colaboram para o ganho de outras almas para o Reino dos Céus.

Com Perseverança!

Ou seja, não é algo momentâneo ou passageiro, mas real que permanece independente de lutas, problemas, perseguições, injustiças, etc.

Uma curiosidade a destacar aqui, é que na Bíblia Sagrada, somente no Novo Testamento, há mais de 280 citações sobre perseverança.

E um detalhe muito importante vale destacar: a “boa terra” na realidade não era boa!

Sim, pois era a “terra de ninguém”, lembra?

Ou seja, nenhum cristão pode se valer de ser “bom” ou “digno” de alguma coisa.

Pois se deu algum fruto, foi somente por causa da misericórdia de Deus em nós!

Conclusão

A Parábola do Semeador foi uma história marcante, não apenas para os simples galileus daquela época, mas para todos até os dias de hoje.

Pois retrata de forma, clara diversos tipos de cristãos, que tanto já existiam naquela época, como ainda existem nos dias atuais.

O curioso é que na narrativa, tanto o Semeador, como a Semente, não houve nem sombra de variação, mas apenas os solos.

Isso nos mostra que o fator determinante para a salvação é a própria pessoa, que se aceitar humildemente a semente da palavra semeada, colherá os frutos para a vida eterna!

Que Deus abençoe a sua vida.

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