A Parábola da Rede
Após Jesus ter contado uma série de 6 parábolas, conclui a sétima ensinando algo profundo sobre o Reino dos Céus, com a Parábola da Rede.
Receba neste artigo várias revelações gloriosas, que podemos extrair desse ensinamento maravilhoso de nosso Senhor Jesus.
Jesus e a Parábola da Rede
Diante do Mar da Galileia, próximo de uma residência, o Senhor Jesus ensina sobre o Reino dos Céus para seus discípulos através de várias parábolas.
Quando inicia o conto da parábola da rede:
“Igualmente o reino dos céus é semelhante a uma rede lançada ao mar, e que apanha toda a qualidade de peixes.”
(Mateus 13:47)
Vale ressaltar, que Jesus estava utilizando daquela parábola, por ter 4 de seus discípulos ex-pescadores, ou seja, seria de fácil compreensão.
Podemos afirmar isso por estar registrado no mesmo evangelho escrito por Mateus, onde vemos o chamado desses 4 discípulos:
“¹⁸ E Jesus, andando junto ao mar da Galileia, viu a dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores;
¹⁹ E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.
²⁰ Então eles, deixando logo as redes, seguiram-no.
²¹ E, adiantando-se dali, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, num barco com seu pai, Zebedeu, consertando as redes;
²² E chamou-os; eles, deixando imediatamente o barco e seu pai, seguiram-no.”
(Mateus 4:18-22)
Por ter 1/3 de seus discípulos ex-pescadores e a pesca ser uma atividade muito comum naquela época e região, o Senhor Jesus conclui a série de parábolas com “chave de ouro”.
Qual “rede” Jesus estava se referindo?
Importante nós entendermos, de qual rede estava se referindo, pois haviam 4 maneiras de pesca na época de Jesus, como: arpão, anzol, rede comum e rede de arrasto.
No original grego, a palavra “rede” utilizada nessa parábola é “sagene” (σαγηνη), que se refere a uma grande rede de arrasto, muito comum entre os pescadores daquela época e região.
Tal rede não era possível o manuseio por um pescador apenas, mas seria necessário vários homens e de preferência em embarcações, por ser de grande extensão.
Algumas redes de arrasto chegavam a ter aproximadamente 100 metros de comprimento.
Espiritualmente, essa “grande rede” se refere ao evangelho sendo pregado à todos por diversos “pescadores de homens” e com diversas ferramentas (evangelismo de rua, internet, programas de tv, rádio, etc.).
Após lançar a rede, ela é Puxada
“E, estando cheia, a puxam para a praia; e, assentando-se, apanham para os cestos os bons; os ruins, porém, lançam fora.”
(Mateus 13:48)
Todos os que hoje estão frequentando alguma igreja, por exemplo, foram uma dia “puxados” pelo chamado de Jesus através do evangelho pregado por alguém.
Ou seja, algum pescador de homens o alcançou com a “rede” do evangelho anunciado.
Uma vez “puxados” para fora do mar (mundo), são separados da ilusão deste mundo escuro e tenebroso.
Estão agora na praia (igreja), para que haja uma segunda separação.
Tal separação vem para revelar os chamados, dos escolhidos.
“Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.” (Mateus 22.14)
Mas como Jesus define quem são os escolhidos?
O critério divino, para um chamado fazer parte dos escolhidos, é definido pelo que há no coração.
Ou seja, Ele avalia o que há no interior do homem, independente de “boas obras” que pratique exteriormente.
Separação dos Maus de entre os Justos
Após contar a parábola, Jesus explica na visão espiritual, o que acontecerá no final dos dias:
“Assim será na consumação dos séculos: virão os anjos, e separarão os maus de entre os justos.”
(Mateus 13:49)
Porém Ele troca as palavras utilizadas anteriormente, pois se referindo aos peixes usa certos adjetivos, que não são os mesmos para falar dos homens:
- Com os peixes usa: “bons” e “ruins”;
- Com os homens usa: “justos” e “maus”.
Essa troca de adjetivos não foi sem motivo ou sem intenção!
Foi para nos trazer uma revelação profunda sobre o mistério dessa parábola.
Pois a palavra de Deus possui riquezas de detalhes que podem abrir os nossos olhos espirituais.
Então, quem são os “justos” e os “maus”?
Nesse trecho bíblico, a palavra grega utilizada para “justos” foi “dikaios” (δικαιος), que se refere ao que observa as leis divinas, virtuoso que guarda os mandamentos de Deus, irrepreensível, sem culpa, aquele cujo o modo de pensar sentir e agir é inteiramente conforme a vontade de Deus.
Mas a palavra grega utilizada para “maus” foi “poneros” (πονηρος), que se refere a ardiloso, cheio de aborrecimentos, com uma natureza má e cheio de iniquidades.
Ou seja, o que está sendo levado em conta aqui, não são atitudes erradas, mas sentimentos errados!
Isso é de suma importância, pois quantas pessoas que um dia já foram resgatas do fundo do mar deste mundo, pela grande rede do evangelho, porém estão carregando sentimentos nocivos à sua salvação?
Muitos quando leem essa parábola ficam na defensiva, como: “Não sou uma pessoa má”.
Não se trata de ser uma pessoa má, mas ser alguém que está com o coração mau!
Como está o seu Coração?
Essa resposta, se for de forma sincera, pode mudar o rumo de sua vida.
Cuidado com o seu coração, pois não pode estar ardiloso com:
- Sentimentos de Malícia;
- Engano de Orgulho;
- Iludido com Vaidades;
- Carregado de Mágoas e Rancores.
- Etc…
Se caso seu coração está sobrecarregado, agora é o momento exato para você esvaziá-lo diante de Jesus.
Nem espere ir na igreja, agora mesmo, aonde você estiver, dobre seus joelhos e desabafe com Jesus, pois certamente Ele te socorrerá lhe dando um novo coração!
Jesus conscientiza seus Discípulos
No final da parábola da rede, Jesus revela o destino final dos maus e pergunta se seus discípulos haviam entendido:
“E lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá pranto e ranger de dentes. E disse-lhes Jesus: Entendestes todas estas coisas? Disseram-lhe eles: Sim, Senhor.” (Mateus 13:50-51)
A parábola da rede serviu e ainda serve, para trazer grande temor, pois está se tratando diretamente ao destino eterno da alma.
Tal pergunta do Senhor Jesus foi uma exortação, para que seus discípulos atentassem totalmente para sua própria alma.
Pois antes de se preocuparem em lançar a rede para salvar os outros, eles deveriam estar salvos primeiros!
Conclusão
O Reino dos Céus é para todos, porém nem todos poderão entrar.
Simplesmente porque há critérios, pois se para eu e você receber alguém em casa temos critérios básicos, imagine para entrar na morada do Deus Vivo, para residir por toda a eternidade?
Tenhamos temor e tremor, pois sentimentos perigosos estão constantemente querendo sufocar os nossos corações.
Blinde seu coração contra tais sentimentos, das seguintes maneiras:
- Avaliando as palavras que ouve;
- Atentando para onde seus olhos estão indo;
- Vigiando com supostas “amizades’ que influenciam.
E busque fazer parte dos justos, pois desses é o Reino dos Céus!
Que Deus te abençoe grandemente!
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